Foi um tempo de inspiração e de grandes festivais
Uns criavam por intuição outros tantos geniais
Tinta, quadro e pincel, verso, canto e papel
Dança, prancha e painel, além- mar
Só tentavam impedir a arte estar por aí
Pra no entanto encantar
Um tempo de pura opressão tudo fosco sem brilhar
Muro, grade, choque e prisão o sangue a derramar
Notas partem sem tocar, cantos calam sem cantar
Versos mortos sem versar, além-mar
Nada pode redimir, arte vem, e vem por vir
Tudo torna a deslumbrar
As cores pedindo licença então
Mil versos libertos pelo ar
As flores brotando de vez no chão
Mas a força não pode calar
As cores pedindo licença então
Mil versos libertos pelo ar
As flores brotando de vez no chão
Mas a força não pode calar